Uma lágrima pousou no meu peito
E foi escorrendo em ordem inversa
Foi subindo pelas paredes da minha
carcaça
E cortando como navalha minhas
entranhas
Chegou à minha cabeça, rodou,
esperneou
Hesitou sair e desceu para
garganta
Bolando, bolando até virar um nó
Um nó bem amarrado
Que mal me permitiu respirar
Eu ousei, quis, eu tentei gritar
O nó afrouxou e ela voltou a subir
Parou em frente aos meus olhos
Encarou-me com ar esfíngico
Deu-me uma piscadela
E nem ousou pedir permissão para
rolar...