sábado, 23 de julho de 2011

Uma Lágrima














Uma lágrima pousou no meu peito
E foi escorrendo em ordem inversa
Foi subindo pelas paredes da minha carcaça
E cortando como navalha minhas entranhas
Chegou à minha cabeça, rodou, esperneou
Hesitou sair e desceu para garganta
Bolando, bolando até virar um nó
Um nó bem amarrado
Que mal me permitiu respirar
Eu ousei, quis, eu tentei gritar
O nó afrouxou e ela voltou a subir
Parou em frente aos meus olhos
Encarou-me com ar esfíngico
Deu-me uma piscadela
E nem ousou pedir permissão para rolar...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tu foste o sol



 Tu foste o sol
Que secou minhas roupas
Lavadas pela água da chuva

Tu foste o sol
Que enxugou aquelas lágrimas
Que já se confundiam com o suor

Tu foste o sol
Que me iluminou para enxergar
Minhas bagagens de falsas ilusões

Tu foste o sol
Que me queimou de amor
E me pintou de mágoas

Tu foste o sol
Que me desidratou dos tantos ideais
E me mostrou a beleza da realidade

Tu foste o sol
Que ao me descobrir Lua
Correu e se escondeu
Sem que eu pudesse ser tua

sábado, 2 de julho de 2011

Se eu pudesse



















Se eu pudesse te desnudaria
os medos
as inseguranças
as vestes...

Se eu pudesse te mostraria
minhas meadas
minha morada
minha prece...

Seu eu pudesse te devoraria
a inspiração
a matéria
a calma...

Se eu pudesse te roubaria
do personagem
do uniforme
da rotina...

Se eu pudesse, mas não posso
Seria aquela que merece
Todos seus esforços.

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