quinta-feira, 29 de julho de 2010


         Como as certezas são facilmente desmoronadas... 
Pessoas que até pouco tempo atrás, eu mantinha certo respeito e admiração, uma espécie de endeusamento e idealização, descobri que não passam de meros mortais, assim como eu... Se não pior!
Pessoas que eu julgava dominarem a sabedoria, que sabiam tudo o que eu não sabia, fizeram-me enxergar a ignorância de acreditar que alguém pudesse ter nas mãos todos os mistérios do mundo.
Pessoas que eu julgava terem absorvido bem as provações e testes da vida, se tornando maduro e centrado, descobri que era tudo absurdo, que não passavam de uns desregrados.
Pessoas que fazem questão de assumir um papel, usam uma máscara da qual não lhes pertencem, e sim, da qual lhes cabe melhor para agradar o público... Mas na hora que a máscara cai, desfalece os sonhos, a admiração, o respeito. Em lugar, vem o descaso, a descrença, a graça. Não é melhor arriscar ser quem és?  E assim não precisar ser outro para que sejas aceito? Pra que manter esse muro, essa proteção contra qualquer coisa que possa te desmascarar, podendo viver em liberdade sem nada para atormentar?
Muitos preferem o caminho mais longo, a jornada mais difícil... Eu vou procurando os atalhos!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

*Poesia















Faço poesia como quem aprende a andar
meio insegura e sem direção
caindo, levantando...
mas sempre mantendo a atenção

Faço poesia meio que na escuridão
não vejo o horizonte, nem aonde vou chegar
tateando vou longe, sem hora de voltar
de uma longa jornada

Faço poesia meio de banda
pego a rima, faço samba
brinco com as palavras como os bambas
em época de carnaval

Faço poesia, às vezes, sem querer
quando me pego pensando na vida
em tudo o que quero escrever
o ritmo se concretiza

Faço poesia por que é a forma que me cabe
porque não há tradução que cale
o que precisa ser dito
em horas de angústia

Faço poesia por que sim
e não me pergunte por que não
por que sei que só assim
posso acalentar meu pobre coração. 


*Já publicado no fanzine e blog da revista claraboia: http://revistaclaraboia.blogspot.com  


Eu sou mesmo assim

















Sei que sou assim meio atormentada
por coisas que conheço e desconheço
e você pode até me achar meio down.
Acontece que eu preciso de motivação
de ter o porque de existir e ter alguma satisfação.
Você pode me julgar esquisita e eu não discordo não
eu sou mesmo assim inconstante
sou uma surpresa até para os meus neurônios
e para aquilo que insisto em chamar coração.
Posso não ser feminina, delicada, atirada
aqui tu não acharás o convencional
que fique logo registrado: eu não sou normal!
e me preocupa se alguém disser que sim.
Posso ser uma aventura passageira na tua vida
porém, cuidado!
Cicatrizes enormes do meu jeito ficarão
e de vez em quando elas serão tormentas
e te farão lembrar do que foi seus dias ao meu lado.
Eu aposto um jogo de baralho
que eu serei sempre jogo marcado
nesse ganha e perde que se chama nossas vidas!
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