terça-feira, 18 de outubro de 2011

Preâmbulo do meu desejo



Com a minúcia de um ritual, beije meus pés
Depois massageie-os
Beije meus joelhos, os dois
Beije minhas coxas interna e externamente

Pule para meu umbigo
Passe a língua ao seu redor suavemente
Não deixe muita saliva
Use seus sentidos - todos
Sinta o odor que cada parte do meu corpo exala

Me vire bruscamente, mas com cuidado
Resvale seu nariz no córrego das minhas costas
Deslize as pontas dos dedos em minhas costelas
Me deixe com bolinhas por todo o corpo

Olhe, cheire, deguste, ouça meus seios
Depois beije um por um que é para não rolar ciúmes
Muita atenção ao pescoço
Ele tem o poder de arrepiar todos os meus pêlos

Beije meu queixo, bochechas e suas covas
Minhas olheiras tão marcadas por te esperar
Meus olhos acostumados de te ver no pensamento
Minha testa como um pedido respeitoso
Para que eu abra minhas portas

Encha suas mãos com os meus cabelos
Memorize o nível de sua maciez
Embriague-se com o seu cheiro

Só então, depois de percorrer meus mundos
Beije meus lábios: o primeiro e os segundos...

domingo, 9 de outubro de 2011

Suavemente aterrissas




Suavemente aterrissas em meu tronco
E o que nos separa é apenas um sopro
O espaço torna-se indefinível
Contrariando as leis da física

Falamos apenas uma língua
Que só nossos corpos entendem
Os terremotos, os vulcões a lava quente
E os beijos que brotam e viram flor

Sei que me ouves mesmo quando calo
Pois teus olhos me interpretam
Quando passeiam por cada curva
E desembocam na carne dura

Tão frágil é a estrutura
Que sustenta tamanha erupção
Mas que sabe como ninguém
Manejar os meus desejos
Brincar com meus segredos

E muito mais do que nossa sina
Sabe bem como tratar-me
Sendo dama ou messalina

Sabe cortejar meus anseios
Fazendo deles tua aventura
Meu menino, eu sou a tua cura

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