domingo, 9 de outubro de 2011

Suavemente aterrissas




Suavemente aterrissas em meu tronco
E o que nos separa é apenas um sopro
O espaço torna-se indefinível
Contrariando as leis da física

Falamos apenas uma língua
Que só nossos corpos entendem
Os terremotos, os vulcões a lava quente
E os beijos que brotam e viram flor

Sei que me ouves mesmo quando calo
Pois teus olhos me interpretam
Quando passeiam por cada curva
E desembocam na carne dura

Tão frágil é a estrutura
Que sustenta tamanha erupção
Mas que sabe como ninguém
Manejar os meus desejos
Brincar com meus segredos

E muito mais do que nossa sina
Sabe bem como tratar-me
Sendo dama ou messalina

Sabe cortejar meus anseios
Fazendo deles tua aventura
Meu menino, eu sou a tua cura

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