Faço poesia como quem aprende a andar
meio insegura e sem direção
caindo, levantando...
mas sempre mantendo a atenção
Faço poesia meio que na escuridão
não vejo o horizonte, nem aonde vou chegar
tateando vou longe, sem hora de voltar
de uma longa jornada
Faço poesia meio de banda
pego a rima, faço samba
brinco com as palavras como os bambas
em época de carnaval
Faço poesia, às vezes, sem querer
quando me pego pensando na vida
em tudo o que quero escrever
o ritmo se concretiza
Faço poesia por que é a forma que me cabe
porque não há tradução que cale
o que precisa ser dito
em horas de angústia
Faço poesia por que sim
e não me pergunte por que não
por que sei que só assim
posso acalentar meu pobre coração.
*Já publicado no fanzine e blog da revista claraboia: http://revistaclaraboia.blogspot.com
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