Tuas mãos alvas são da cor do céu
daqueles dias em que chove
e depois faz sol
Ah! tuas mãos...
não são tuas
não são minhas
delas próprias que elas são
Elas movimentam-se
num ritmo lento
que posso escutar
Tuas mãos fazem o que querem
tratam-me como cobaia
dos movimentos que puderem
experimentar
Cada parte tocada
dança no ritmo que ela toca
cada parte explorada
é ela que manda e dá as notas
Não me pertenço quando ela se impõe
sucumbo, desfaleço
e num instante anoiteço
naquele que foi meu dia
E quando vem a madrugada
minh´alma fica jogada
no chão, no céu a ver estrelas
Porta aberta, peito aberto
para que entre em minha morada
e me faça a teu afeto.
1 Comentários:
Perfeito!
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